Trabalho escravo prejudica crianças e adolescentes
Os dados sobre trabalho escravo no Brasil preocupam. Milhares de pessoas sobrevivem nesta condição e muitas são crianças e adolescentes. Entre os jovens resgatados desta exploração de janeiro a maio deste ano, 86% se autodeclararam pretos ou pardos e 41% não tinham concluído o ensino fundamental. Demonstração das desigualdades racial e social ainda enraizadas na sociedade.
Segundo o GEFM (Grupo Especial de Fiscalização Móvel) do Ministério do Trabalho e Emprego, a maioria dos trabalhos executados por crianças e adolescentes resgatados em condições análogas à escravidão está entre as piores formas de trabalho infantil ou não são permitidos a qualquer trabalhador.
Desde 1995, quando o GEFM foi criado, 1.016 crianças e adolescentes foram resgatados de condições de escravidão moderna, 379 eram menores de 16 anos e 637 tinham entre 16 e 18 anos.
A Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil, em conformidade com a Convenção 182 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) foi aprovada em 2008, no segundo mandato de Lula. São 93 atividades proibidas de serem executada por menores de 18 anos, a exemplo da direção e operação de tratores, máquinas agrícolas e esmeris, quando motorizados e em movimento e na pulverização, manuseio e aplicação de agrotóxicos e afins.
Fonte: Movimento Sindical