Tecnologia sem controle precariza

Tecnologia sem controle precariza

Em apenas quatro anos, a inteligência artificial avançou da repetição de palavras para simulações de raciocínio com base em estratégias de jogos, passando a executar tarefas complexas na internet. Ainda assim, os efeitos reais sobre a produtividade seguem hipotéticos. 

 

Mesmo as chamadas “IAs agênticas”, aquelas que interagem de forma autônoma para realizar ações práticas, apresentam êxito limitado: apenas 42% de sucesso em tarefas como reservar passagens, carros e hospedagens, segundo especialistas da área.

 

Apesar disso, o mercado aposta pesado nessas tecnologias. A tendência, caso não seja combatida com regulação e resistência, é o aprofundamento da precarização: salários achatados em funções administrativas, técnicas e financeiras, como assistentes, operadores e contadores. A lógica? Um fordismo digital de alta vigilância, onde o trabalhador será reduzido à função de corrigir erros das máquinas, sob pressão e sem valorização real.

 

Sob a lógica perversa do lucro a qualquer custo, a IA é implementada como substituta do trabalho humano, e não como ferramenta de apoio. A substituição, orientada pela busca incessante por corte de gastos, acelera a desigualdade, fragiliza direitos e aprofunda o abismo entre empresas com acesso à tecnologia e trabalhadores que perdem seu sustento em nome da “eficiência”. 

 

Fonte: Movimento Sindical

 

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