Tarifas bancárias continuam abusivas
A padronização de nomenclaturas das operações bancárias promovida pela Febraban ganhou grande repercussão na mídia, ao entrar em vigor, no dia 8 de julho. O que não aparece nos jornais, entretanto, é o aumento das tarifas bancárias que, nos últimos 12 meses, foram reajustadas muito acima da inflação.
As tarifas, que sempre foram elevadas, seguem em alta. Enquanto a inflação acumulada (IPCA), entre maio de 2023 e maio deste ano, ficou em 3,93%, as tarifas de 42 serviços bancários, entre os 50 principais, registraram em média 6,5% de aumento. Isso é quase o dobro da inflação.
Não é à toa que só o valor arrecadado pelos bancos com tarifas e serviços cobre, com folga, as despesas de pessoal incluindo aí salários, participação nos lucros e resultados e até indenizações trabalhistas.
A iniciativa de padronização pode ser considerada positiva, na medida em que vai dar mais transparência às informações, trazendo melhor compreensão ao cliente sobre a operação que realizou, mas não se traduz na ampliação do acesso da população aos serviços bancários.
A medida, de fato demorou bastante a ser adotada, considerando que na própria análise da Febraban “os bancos usam mais de 4 mil tipos de nomenclaturas diferentes em suas operações, o que gera diferenças significativas entre os bancos para um mesmo tipo de operação financeira”.
Fonte: Movimento Sindical