Selic é mantida em 13,75% ao ano, de novo
Ao manter a taxa básica de juros, a Selic, em escandalosos 13,75% ao ano, o bolsonarista Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, demostra total falta de responsabilidade social com o povo brasileiro. A decisão impacta negativamente toda a cadeia produtiva. Na contramão, beneficia o sistema financeiro, inclusive os bancos. Desta forma, são praticadas taxas de juros abusivas, as mais altas do mundo.
Foi a sétima vez consecutiva que o Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a Selic no maior patamar já registrado desde o final de 2016, quando chegou a 14,25%. Os movimentos sociais vão manter a pressão pela redução da a taxa básica de juros. Os próximos encontros serão nos dias 1 e 2 de agosto.
A gestão de Campos Neto é desastrosa. A Selic passou de 2% em janeiro de 2021 para 13,75% ao ano em setembro de 2022. No mesmo período, a taxa média de juros para pessoa física no país foi de 39,4% para 59,7% ao ano, enquanto a taxa de juros média para pessoa jurídica sofreu elevação de 15,2% para 23,9% ao ano, considerando o crédito livre. As contas pagas por famílias e empresas ficam ainda mais altas com a Selic mais elevada.
Além disso, o endividamento das famílias aumentou significativo entre 2021 e 2023. A parcela das famílias brasileiras com dívidas em atraso ou não chegou a 78,3% em abril. Outro fator que mostra os prejuízos da Selic neste patamar é que a utilização do cartão de crédito, cujas taxas de juros do rotativo estão acima dos 400% ao ano, está entre os fatores responsáveis pela alta dos débitos da população.
Fonte: Movimento Sindical