Santander corta direitos, apesar do lucro de R$ 4,4 bilhões

Santander corta direitos, apesar do lucro de R$ 4,4 bilhões

O sistema financeiro no Brasil lucra mais do que todos os demais setores da economia, estimula a especulação e dificulta o combate às desigualdades e explora clientes e funcionários. O Santander é um retrato fiel. Em seis meses lucrou R$ 4,4 bilhões, mas terceiriza os bancários para cortar direitos.


Para fugir da responsabilidade trabalhista, o banco aderiu a uma nova política, com a abertura de empresa terceiras e a transferência dos funcionários, que deixam de fazer parte da categoria bancária e perdem direitos, embora mantenham as mesmas funções.


Nos últimos anos, abriu a F1RST, a SX Negócios, a SX Tools, Getnet, Prospera, Assessoria de Investimentos e mais recentemente a “Santander Perto”, uma espécie de correspondente bancário que tem um número enxuto de funcionários. 


Questionada, a direção do banco informou que não vai substituir as agências pelo novo modelo, mas os números mostram o contrário. No primeiro trimestre deste ano, 100 unidades foram fechadas e no ano passado, 286. Além da transformação de agências em lojas e a extinção do cargo de caixa.


Descaso com a saúde 
Além de terceirizar e cortar direitos, o Santander ainda negligencia com a saúde dos trabalhadores.


A empresa mudou o plano de saúde que tem uma rede de credenciada bem enxuta. A alteração tem causado sérios problemas aos funcionários que vão desde a dificuldade para marcar exames até demora na autorização de procedimentos.


Outros números
No segundo trimestre, o lucro do Santander foi de R$ 2,309 bilhões, de acordo com o balanço divulgado nesta quarta-feira (26/07). Crescimento de 7,9% ante o primeiro trimestre de 2023.


Em junho, a carteira de crédito encerrou em R$ 499,3 bilhões. Expansão de 6,6% em bases anuais. Já a carteira de crédito pessoa física atingiu R$ 229,1 bilhões, alta de 6,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado de abril a junho nas margens com clientes foi de R$ 14,422 bilhões.


Ao final de junho, o banco tinha R$ 1,096 trilhão em ativos totais, alta de 11,2% em um ano. Além do aumento do patrimônio líquido de 5,1% em um ano, para R$ 82,959 bilhões. 

 

Fonte: Movimento Sindical

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