Rotativo do cartão mete a mão no bolso da população
Diante da ganância dos bancos, o brasileiro acaba se endividando. E o rotativo do cartão de crédito colabora, e muito. A modalidade é uma das mais caras do mercado. A taxa ultrapassa os 450% ao ano. O absurdo é cobrado quando o cidadão paga menos do que o valor integral da fatura do cartão e depois de 30 dias a dívida é parcelada. Verdadeira cilada.
Em reunião entre o Banco Central e entidades da indústria do cartão de crédito sobre regulamentação das operações do rotativo, foi sugerida a limitação de parcela em 12 vezes. Mas, nada foi definido ainda. Atualmente, não existe limite de parcelas para o pagamento sem juros na modalidade.
Este é um dos motivos para taxas tão altas que, consequentemente, elevam o número de devedores. A inadimplência hoje é de 52%. O governo Lula tenta amenizar o problema com proposta de redução do rotativo.
Inclusive, a Lei do Desenrola (programa de negociação de dívida), aprovada pelo Congresso Nacional, prevê prazo de 90 dias para autorregulação do setor. Se não houver definição no prazo, a legislação prevê teto para os juros cobrados, que não poderão superar 100% do valor original da dívida.
Fonte: Movimento Sindical