Resiliência em tempos de retrocesso
Nos últimos anos, líderes de extrema-direita no Brasil e em diversas partes do mundo tentaram desmoralizar as conquistas históricas do negro. No cenário brasileiro, manifestações contrárias aos debates sobre o racismo tonaram-se recorrentes, acompanhadas por ações deliberadas para obstruir medidas contra a discriminação racial.
Contrariando a trajetória democrática, o governo Bolsonaro não apenas rejeitou o enfretamento ao racismo, como desqualificou as políticas de igualdade racial, desafiando a corrente social. O retrocesso se choca com uma caminhada que ganhou ímpeto desde o fim da ditadura civil-militar, quando a questão racial ascendeu como pauta central na vida brasileira.
A batalha do movimento negro é intrinsecamente ligada às dificuldades enfrentadas por uma população que, historicamente, se vê compelida a superar obstáculos desproporcionais. A expressão “se esforçar cinco vezes mais” ecoa uma realidade marcada por desigualdades sistêmicas.
Entretanto, apesar das adversidades, a resiliência negra é evidente. Organizações, lideranças e ativistas trabalham incansavelmente para conscientizar, combater estereótipos e pressionar por políticas que promovam a existência da população.
A força da cultura afro-brasileira e a celebração da identidade negra também desempenham papel de resistência e da construção de uma sociedade mais inclusiva.
Fonte: Movimento Sindical