Quem controla a informação?

Quem controla a informação?

O brasileiro se tornou refém das redes sociais para se informar, com milhões de pessoas consumindo notícias por plataformas nas quais a verdade depende do algoritmo. Em um país marcado por desigualdades, ataques fascinazistas e crises políticas, esta dependência digital fortalece a manipulação de narrativas, a desinformação e incentiva versões sem compromisso com os fatos.

 

A política se redesenha sob a influência de gigantes da tecnologia, que moldam percepções e direcionam discursos, deixando mídias tradicionais em desvantagem diante da velocidade e do engajamento gerado pelo caos informacional.

 

Segundo a Comscore, 75% dos brasileiros usam o TikTok como principal fonte de notícias, seguido pelo Instagram (20%) e Facebook (3%). O Brasil lidera o consumo digital na América Latina, com 131 milhões de visitantes únicos em dezembro de 2024. 

 

O tempo gasto nas redes sociais chega a 51 horas mensais por usuário, consolidando um cenário em que a rapidez da informação supera a preocupação com sua veracidade. 

 

Com 66% da população confiando na internet para se informar, a disputa entre informação qualificada e fake news se intensifica, alimentando bolhas ideológicas e distorcendo a realidade.

 

Em tempos de ataques à democracia, o domínio das redes sociais sobre o acesso à informação não é apenas um fenômeno tecnológico, mas um desafio político, no qual a verdade se torna refém do lucro e do controle digital. 

 

Fonte: Movimento Sindical

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