Quase 2 milhões de crianças exploradas
Proteger a infância e fortalecer o futuro dos jovens deveria ser prioridade no país, mas a realidade é outra. Bem diferente. No Brasil, 1,8 milhão de crianças e adolescentes trabalham, aponta levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
Os dados alarmantes reforçam a importância do Dia Nacional do Combate ao Trabalho Infantil, celebrado nesta segunda-feira (12/06). O trabalho infantil, proibido pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) ao determinar que só jovens acima de 14 anos podem exercer algum tipo de atividade, na condição de aprendizes, é a realidade de muitas crianças do país.
Muitas param de estudar para ajudar no sustento da família. Outras são exploradas. Entre os que trabalham, 53% têm entre 16 e 17 anos, 25% estão na faixa etária de 14 e 15 anos e 21% têm de 5 a 13 anos. A imensa maioria (66%) é preta ou parda.
Especialistas chamam atenção para as causas da prática, como a desigualdade social estrutural. Além da pobreza, desemprego e, principalmente, o racismo estrutural. O trabalho infantil precisa ser combatido. Por isso, a denúncia de crianças no mercado de trabalho pode ser feita no Ministério Público do Trabalho, Conselhos Tutelares e pelo dique 100.
Fonte: Movimento Sindical