Presidente do Bradesco dá declaração polêmica sobre juros abusivos do BC
Em artigo publicado no site do Estado de S. Paulo, o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, criticou o Banco Central do Brasil em relação às taxas de juros.
Trabuco argumentou contra a decisão do BC de manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. O valor está entre os mais altos em todo o mundo.
Juros e inflação
No artigo, Trabuco ainda pontua que “juros altos são perversos, pois aumentam o custo de capital para a economia investir e efetivar decisões de consumo”. Ele também fala sobre a inflação, classificando-a como nefasta, já que a considera um imposto regressivo que impede o crescimento.
O presidente do conselho do Bradesco ainda aponta que é possível iniciar um ciclo de cortes na taxa Selic no Brasil, e que o relatório de mercado Focus do Banco Central prevê uma queda de 6,03% na inflação, em 2023. De acordo com o banqueiro, a queda dos juros e da inflação cria um ambiente favorável para o avanço sustentável da economia brasileira.
Será que temos previsão de melhora?
Ademais, Trabuco destaca que um ciclo de reduções de taxas depende de vários fatores da economia, citando a valorização do câmbio como um dos maiores influenciadores da antecipação desse ciclo.
Além disso, ele cita outros fatores, como: o sucesso da proposta do arcabouço fiscal, as quedas dos preços das commodities, o nível da atividade econômica no país e o reflexo da nova política de preços da Petrobrás no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Sobre a queda das estimativas para a Selic, o conselheiro afirma que “isso indica que os analistas de mercado já vislumbram a possibilidade de começar mais cedo o processo de redução da taxa de juros”, pontua. Por fim, ele destaca que as taxas de juros no Brasil estão entre as maiores do mundo.
Fonte: Seu Crédito Digital