Ponte Nova tem Audiência da ALMG sobre privatização de estradas estaduais
A Assembleia Legislativa de Minas realiza importante Audiência Pública sobre a proposta do governo de Minas de privatizar as estradas MG 356, MG 329 e MG 262. Estas rodovias compõem todo o trajeto entre BH e Ponte Nova, desde o trevo da BR 040, em Itabirito, até o trevo de Rio Casca, passando por Cachoeira do Campo, Ouro Preto, Mariana, Acaiaca, Diogo de Vasconcelos, Ponte Nova e ainda os acessos a Oratórios, Santa Cruz do Escalvado, Urucânia, Jequeri, Piedade de Ponte Nova. A audiência será na próxima segunda feira, às 18h, na Câmara Municipal de Ponte Nova.
A iniciativa é do presidente da Comissão de Participação Popular, deputado Marquinho Lemos (PT), cuja preocupação com esse assunto já vem de algum tempo. Marquinho Lemos entende que o momento de debater o assunto é agora, já que há o prospecto, não ainda o projeto, portanto este é o momento que a população tem para interferir. “Não adianta chorar e reclamar depois que tudo estiver decidido”, disse o deputado. Segundo ele, “é preciso saber com antecedência do governo de Minas: quais serão as melhorias, quanto será a taxa de pedágio e onde serão instaladas as praças de cobrança”.
O deputado Marquinho tem também a preocupação com os usuários das rodovias que moram no seu perímetro e que fazem uso diário para ir e vir ao trabalho. É de sua autoria o projeto de lei que reduz para a cobrança de pedágio uma única vez ao dia para aqueles que moram no trajeto e tem que ir e vir a lugares próximos para vender sua produção agrícola, estudar ou mesmo trabalhar em cidade vizinha. Esse projeto já foi aprovado em primeiro turno na ALMG, mas aguarda o momento oportuno para ir a votação em segundo turno.
A população deve estar atenta, pois este é o momento para discutir não só os valores, mas também as exigências de melhorias, bem como a formula de cobrança. Já está implantado em lugares do Brasil o sistema Free Flow, que se traduz por fluxo livre. Por esse sistema, o motorista não precisa parar, pois pode pagar antes, por píx ou aplicativo, sendo a placa reconhecida na aproximação. Esse sistema funciona em todos os países da Europa.
Outra discussão importante é colocar como ponto central da discussão a viabilização do anel rodoviário no entorno de Ponte Nova, tanto no sentido Viçosa, quanto no sentido Rio Casca. A região está assentada entre duas universidades federais (Ouro Preto e Viçosa) e possui um polo de suinocultura muito forte, com dois frigoríficos. Para abastecer de ração as granjas fornecedoras, o transito de caminhões é enorme dentro da cidade.
O atraso nas viagens para quem tem outras cidades como destino é muito grande. Além disso, Ponte Nova é polo também de referência em Saúde, com os dois hospitais funcionando muitas vezes como se fossem regionais. Essa referência, se é um ganho, é também um ônus para a mobilidade no município, pois intensifica a ocupação das ruas. Além disso, há o crescimento dos laticínios, dos armarinhos, tradição do município e da região.
As duas alças do anel rodoviário de Ponte Nova (sentido Viçosa/Rio Casca, e sentido Viçosa/BH), são necessidades urgentes para a região.
Como bem disse o deputado Marquinho Lemos, o momento próprio de debater estas grandes questões é agora, para que não se faça um projeto isolado, que apenas tire a responsabilidade do Estado e favoreça uma Concessionária, mas que atenda aos urgentes apelos da população.
Fonte: zdmnews.com.br