Nubank: empregados denunciam assédio moral para a cobrança de metas abusivas
O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo está recebendo denúncias de trabalhadores do Nubank elencando uma série de problemas, abusos e desrespeitos, que têm gerado sobrecarga, adoecimentos, estresse e descontentamento. Dentre os problemas apontados estão:
- Extrapolação de jornada;
- Cobrança de metas, de mais de 300% acima do estabelecido;
- Promoção de trabalhadores levando em conta vínculos familiares;
- Gestores que cobram a solução de problemas em até três minutos;
- Sistema operacional com muita instabilidade, o que dificulta o cumprimento de metas.
Responda à consulta
O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo quer saber se os problemas acima relatados são comuns às diversas áreas do Nubank, ou se é algo específico de uma área ou gestor.
Para isto, pedimos para que todos os trabalhadores respondam à consulta disponível neste link, e que o compartilhe com seus colegas de trabalho. As identidades dos participantes serão mantidas no mais absoluto sigilo.
Campanha dos Financiários 2024: trabalhadores querem proposta!
É importante lembrar que neste momento está em negociação a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria financiária, a qual o Nubank é signatária; e o movimento sindical tem cobrado, dentre outras reivindicações, que as financeiras tomem medidas claras e efetivas de combate e prevenção ao assédio moral.
“Mas até este momento as financeiras, incluindo o Nubank, não apresentaram uma proposta efetiva para esta situação que tanto aflige os trabalhadores e para as demais reivindicações. O assédio moral é uma prática retrógrada, inadequada e ineficaz para a produtividade, e o Sindicato está atento a esta questão.”
Lucimara Malaquias, secretária-geral do Sindicato
Assédio moral é crime
Conforme o artigo 147 do Código Penal, atos que configuram o assédio moral podem ser enquadrados como crime, o que pode resultar em responsabilidade criminal à empresa e ao gestor.
“Exigimos as providências necessárias a fim de acabar com esta prática, e caso o Nubank não resolva o problema, acionaremos os órgãos competentes, e buscaremos outras vias, porque na propaganda a empresa se mostra como humanista e moderna, mas o relato dos trabalhadores indica exatamente o contrário: que o Nubank adota práticas arcaicas e contraproducentes que resultam apenas em adoecimentos e insatisfação”, finaliza Lucimara.
Fonte: SPBancarios