Metas abusivas, demissões e assédio moral geram adoecimento no Bradesco

Metas abusivas, demissões e assédio moral geram adoecimento no Bradesco

Como parte de sua ação permanente de fiscalização das condições de trabalho e das práticas de gestão dos bancos, que afetam diretamente a saúde e a vida da categoria, o movimento sindical vem acompanhando e denunciando a situação dos funcionários do Bradesco, que estão submetidos diariamente a cobranças excessivas pelo cumprimento das metas estabelecidas pelo banco e assédio moral organizacional.

Temos observado e recebido relatos de excesso de reuniões e cobranças, acompanhamento diário e, inclusive, ameaças de demissão. Somam-se a isso a falta de funcionários, o fechamento de agências e até mesmo o movimento de desrentabilização das agências, devido à transferência das contas para o digital. Alguns gestores, com aspirações individuais de crescimento no banco, também extrapolam os limites do bom senso, contribuindo para que o ambiente de trabalho não seja saudável.

Diante disso, o movimento sindical sustenta que é urgente que o banco pare de olhar e tratar o assédio como algo interpartes e comece a rever suas políticas de gestão. São estas políticas que impõem uma forma de trabalho que adoece as pessoas, pois esse conjunto de fatores gera nos bancários uma instabilidade e um temor constante, que acabam se transformando em adoecimento. Já constatamos um alto índice de pessoas usando medicação controlada no Bradesco.

Programa de Desempenho Extraordinário
Além das metas abusivas e das cobranças excessivas, os bancários do Bradesco também estão descontentes com o Programa de Desempenho Extraordinário (PDE). O banco criou uma expectativa inicial nos trabalhadores. Porém, a falta de transparência nas regras e a limitação de pessoas elegíveis acaba transformando o PDE em mais uma ferramenta de cobrança de produtividade. O que deveria ser um incentivo se tornou mais uma engrenagem do assédio moral organizacional, afirma o movimento sindical.

Fonte: Movimento Sindical

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