Metade dos mais ricos do Brasil moram fora; Paraíso Europeu é o favorito
Das dez pessoas mais ricas do Brasil, cinco não moram no país. A Suíça é o lar escolhido por três dos bilionários que figuram no top 10 do ranking feito pela revista Forbes, divulgado no início da semana.
Veja onde vivem os maiores bilionários brasileiros:
Vicky Safra
Brasileira mais rica da lista da Forbes, a filantropa vive em Crans-Montana, na Suíça.
Aos 71 anos, a viúva de Joseph Safra tem uma fortuna estimada em R$ 87,8 bilhões. Ela assumiu a ponta do ranking dos mais ricos ao superar Eduardo Saverin, que fez fortuna como um dos fundadores do Facebook.
A dança das cadeiras aconteceu graças a uma mudança de critério: agora, a revista contabiliza a fortuna de todo o patrimônio da família, levando em conta os bens dos filhos da filantropa: Jacob, Esther, Alberto e David.
Eduardo Saverin
O cofundador do Facebook vive em Singapura desde 2012. Em 2017, ele comprou o imóvel mais caro do país, segundo a Forbes: uma cobertura de US$ 44,2 milhões (R$ 219 milhões).
O empresário de 41 anos, nascido em São Paulo e criado nos Estados Unidos, tem patrimônio estimado em R$ 83,5 bilhões.
Jorge Paulo Lemann
O empresário de 84 anos mora em Zurique, na Suíça. Em entrevista à revista Veja, em 2013, ele destacou que sua casa ficava às margens do lago que leva o nome da cidade.
A região também foi lar de famosos como Tina Turner, que viveu no país até sua morte, em maio deste ano. Filho de um suíço, Lemann se mudou para a Europa com a família após uma tentativa de sequestro de seus filhos, em 1999, em São Paulo. O carro em que eles estavam foi alvo de tiros, mas era blindado.
O bilionário carioca ocupava o topo da lista da Forbes em 2022 e agora é "apenas" o terceiro colocado. Segundo a Forbes, a crise nas Americanas — que fazem parte dos negócios de Lemann — não teria afetado o patrimônio.
Marcel Herrmann Telles
Entre os cinco brasileiros mais ricos, Telles é o único que vive no Brasil. Nascido no Rio, o empresário tem base em São Paulo.
Ele é sócio de Lemann na 3G Capital, empresa de investimento global, e acionista da ClearSale.
Segundo a Forbes, o empresário de 73 anos "tem se envolvido cada vez menos no dia a dia das empresas", mas não há informações sobre uma mudança de endereço graças à nova rotina.
Carlos Alberto da Veiga Sicupira
Ex-presidente do Conselho de Administração das Americanas, o bilionário de 75 anos vive em St.Gallen, na Suíça.
De acordo com a Forbes, ele perdeu dinheiro com a crise da loja, mas mantém uma fortuna de R$ 41,3 bilhões graças a outros investimentos: ele também é sócio da 3G Capital e tem participação na AB Inbev — que tem mais de 500 bebidas em seu portfólio, incluindo Skol, Brahma, Budweiser e Corona.
André Esteves
Principal acionista individual do BTG Pactual, André é mais um que vive em São Paulo, onde fica uma das sedes do banco — atual líder no mercado de investimentos na América Latina.
Mais novo no top 10, André começou na empresa em 1989, como analista de sistemas, e quatro anos depois se tornou sócio. Aos 55 anos, sua fortuna é avaliada em R$ 36,5 bilhões.
Alexandre Behring da Costa
Mais um cofundador da 3G Capital, o empresário vive em Connecticut, nos Estados Unidos.
Behring, de 56 anos, também integra os conselhos de administração da Kraft Heinz e da Restaurant Brands International, controladora das redes de fast food Burger King e Tim Hortons.
João e Walther Moreira Salles
Os irmãos vivem no Rio de Janeiro. João é documentarista e fundador da revista Piauí, enquanto Walther dirigiu clássicos do cinema como "Central do Brasil" e "Diários de Motocicleta".
Mas os dois não fizeram fortunas com mídia e sim como herdeiros do Itaú Unibanco.
O pai deles, Walther Moreira Salles, foi fundador do Unibanco. Em 2008, a instituição se fundiu ao Itaú, formando o maior banco da América Latina. Os bilionários também fazem parte na CBMM, maior fornecedora mundial do mineral nióbio.
Fernando e Pedro Moreira Salles
Irmãos de Walther e João, a dupla mora em São Paulo. Fernando e Pedro também são herdeiros do Itaú Unibanco, com participação na CBMM — acumulando uma fortuna individual de R$ 20,65 bilhões.
No ano passado, os dois compraram as partes de João e Walter na holding que controla a fatia familiar do Itaú Unibanco. Com isso, os dois irmãos cineastas receberam ações que foram valorizadas na Bolsa de Valores, rendendo a eles uma posição acima no ranking da Forbes.
Fonte: UOL