Juventude é maioria na escala 6x1

Diariamente, nos shoppings, mercados, postos de combustíveis, padarias, farmácias, entre outros estabelecimentos do setor de varejo, são majoritariamente corpos jovens, negros e femininos que são submetidos à escala 6x1. Ao mesmo tempo, também são excluídos do convívio familiar, do lazer e do autocuidado.
Segundo o Observatório do Estado Social Brasileiro, que aponta os traços comuns dos brasileiros que enfrentam as jornadas abusivas, onde só tem direito apenas a um dia de folga, 68% dos trabalhadores da escala 6x1 estudam e a maioria (73%) vai às aulas à noite. Ou seja, resta bem menos tempo para a vida pessoal.
Quase 45% dos funcionários se declaram pardos e 19,3% pretos. Enquanto 35,5% são autodeclarados brancos. Sobre faixa etária, 42,77% têm menos de 30 anos, sendo 24,3% com idade entre 18 e 24 anos e outros 18,47% entre 25 e 29 anos.
O levantamento, feito entre dezembro de 2024 e fevereiro deste ano, também mostra que o vínculo de trabalho é instável, com elevados índices de admissão e demissão dos funcionários, o que piora ainda mais a situação dos brasileiros.
A juventude brasileira exposta ao padrão de seis dias consecutivos de trabalho, tem se mobilizado nas ruas e redes sociais pelo fim da escala 6x1 e por novos projetos de redução.
Fonte: Movimento Sindical