Jair Renan: Santander cobra calote de R$ 360 mil do filho "04" de Bolsonaro

Jair Renan: Santander cobra calote de R$ 360 mil do filho

Com um salário próximo dos R$ 10 mil como assessor de Jorge Seif Jr. (PL-SC) na paradisíaca Balneário Camboriú, Jair Renan Bolsonaro, o filho "04" de Jair Bolsonaro (PL), agora está sendo cobrado por um calote que já ultrapassou os R$ 360 mil por empréstimo feito junto ao banco Santander.

Envolto em um escândalo amoroso com ex-assessor e investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em inquérito sobre diversos crimes, entre  tráfico de armas feito por seu "coach", Jair Renan está sendo cobrado na Justiça pelo banco após não honrar um acordo para pagar dívida da empresa Bolsonaro Jr Eventos e Midia.

Segundo a coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo desta quinta-feira (14), Jair Renan não cumpriu um acordo firmado com o banco em junho, quando reconheceu o calote. 

O filho de Bolsonaro, então, teria se comprometido a pagar uma dívida de R$ 291 mil em 60 meses, até 2028. No entanto, ele não chegou a pagar sequer a primeira parcela.

Na Justiça, o banco pede o pagamento em até três dias, sob risco de bloqueio das contas.

Ficha corrida

Alvo de uma operação da PC-DF em agosto contra um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, Jair Renan foi nomeado para um cargo no Senado Federal em março deste ano, no gabinete do senador Jorge Seif (PL), ex-secretário de Pesca do governo do pai. 

Um dos principais alvos da operação "Succedere", desencadeada pela Polícia Civil em agosto, o influenciador digital Maciel Carvalho já era investigado por suposto tráfico de armamentos.

Advogado, ex-pastor, além de empresário e instrutor de tiro de Jair Renan Bolsonaro - que também entrou na mira da polícia -, Carvalho foi preso em janeiro na primeira fase da operação em Águas Claras, no Distrito Federal, suspeito de usar documentos falsos para comprar um arsenal. 

Na ocasião, a polícia apreendeu a carteira nacional de habilitação (CNH) de Jair Renan no escritório de Maciel. Além da CNH, os investigadores recolheram um iPhone que também seria do filho do ex-presidente.

Não foi a primeira vez que Jair Renan é investigado. Em dezembro de 2021, ele foi intimado pela Polícia Federal a prestar depoimento em inquérito que apurava o pagamento de suposta propina a empresários interessados na administração pública. 

No entanto, o mesmo só compareceu à Superintendência da PF no Distrito Federal no ano seguinte, ao lado do advogado Frederick Wassef. Assim, Jair Renan se opôs às irregularidades ou de ter intermediado contatos de empresários com o governo federal.

O então presidente Jair Bolsonaro criticou a investigação e afirmou ter 'pouco contato' com o filho, que vivia com a mãe, Ana Cristina Valle. As suspeitas revelavam a utilização da empresa de Jair Renan, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, para promover articulações entre a Gramazini Granitos e Mármores Thomazini e o ex-ministro Rogério Marinho.

Bolsonaro, tentando se desvencilhar, citou na época exemplos como compra de carro e conta bancária, tentando justificar o caso com “afastamento” do filho. “A última agora é do meu filho 04, lavando dinheiro e tendo recebido um carro de uma empresa. Se recebeu um carro, é fácil de provar, está registrado no Detran. A questão de lavar dinheiro, também é conta bancária. [...] O moleque tem 24 anos agora, acho que ninguém conhece ele, vive com a mãe, há muito tempo está longe de mim, mas recebo ele de vez em quando aqui, tem a vida dele, não vou dizer está certo ou se está errado, mas peço a Deus que o proteja”.

Fonte: Revista Forum

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