INSS identifica irregularidades e suspende contratos com a Crefisa

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu um contrato de pagamentos de benefícios com a Crefisa, após identificar uma série de irregularidades. A financeira venceu os 25 dos últimos 26 lotes de pagamentos de novos benefícios previdenciários.
A decisão foi anunciada nesta quinta-feira 21. Segundo o INSS, a Crefisa dificultou ou até mesmo impediu que aposentados e pensionistas recebessem os benefícios. Há registros de atrasos e recusas nos pagamentos, além de limitações de saques.
Houve, ainda, identificação de coação para abertura de contas e venda casada de produtos; portabilidades indevidas e não autorizadas e problemas nas agências, como longas filas, ausência de caixas eletrônicos, espaço físico inadequado e falta de sistema para emissão de senhas.
A suspensão do contrato é preventiva, como forma de pressionar a empresa para suspender as irregularidades. Apesar da decisão do INSS, o pagamento dos benefícios não será afetado.
As irregularidades foram identificadas após denúncias feitas por beneficiários em canais oficiais do INSS e também encaminhadas por instituições como os Procons, o Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Em nota, a Crefisa informou que foi surpreendida com notícias sobre o caso, já que não foi formalmente notificada pelo INSS. Disse ainda que não há registro de reclamações de beneficiários da Previdência desde que os serviços começaram a ser prestados pela empresa, em 2020.
O banco afirmou que tem espaços físicos adequados e caixas eletrônicos em todos os postos de atendimento. Também nega atrasos, recusas de pagamento, limitações de saques, coações para abertura de contas e vendas casadas.
“O Banco Crefisa reitera que não praticou qualquer irregularidade e que vem cumprindo integralmente as cláusulas do contrato vigente, respeitando todos os critérios legais e contratuais estabelecidos, reforçando seu compromisso com a ética, a legalidade e a boa-fé contratual”, conclui o texto.
Na última semana, o INSS já tinha encerrado o contrato com outra instituição financeira: o Agibank. A empresa foi acusada de violar os termos assinados com a Previdência, causando prejuízos aos aposentados e pensionistas.
Fonte: Carta Capital