Falso empreendedorismo. A ilusão que precariza
Em um cenário onde a busca por eficiência é cada vez mais intensa, o falso empreendedorismo surge como armadilha que ilude o cidadão e retira direitos trabalhistas fundamentais.
Com isto, tornou-se um mantra entoar frases como: Seja seu chefe!, Faça seu próprio horário!, Alcance seu primeiro milhão. Mas, na verdade, é porta de entrada para a precarização, onde o lucro se sobrepõe à dignidade e à segurança do trabalhador.
O aumento expressivo dos MEIs (Microempreendedores Individuais) no Brasil, apesar de inicialmente bem-sucedido, revela mais uma face do grande capital em destruir a vida do trabalhador, com 9 milhões de registros que não representam microempreendedores genuínos, mas vítimas da "pejotização".
Empresas, visando contornar a legislação e reduzir custos, contratam profissionais como MEIs, privando-os de direitos essenciais, como férias e 13º salário. Embora desempenhem funções cruciais, os trabalhadores são privados da qualidade de vida proporcionada pelo "trabalho decente", conforme definido pela OIT (Organização Internacional do Trabalho).
A ilusão de ser empreendedor mascara a realidade precária desses profissionais, que contribuem para o sucesso das empresas sem desfrutar dos benefícios básicos.
Fonte: Movimento Sindical