Desemprego no País fica em 5,6%, menor nível da série histórica

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em julho, segundo os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta terça-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o menor resultado de toda a série histórica, iniciada em 2012.
Em igual período de 2024, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 6,8%. No trimestre móvel até junho, a taxa de desocupação estava em 5,8%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.484,00 no trimestre encerrado em julho. O resultado representa alta de 3,8% em relação ao mesmo trimestre de 2024
Desemprego no Brasil
Taxa de desocupação, segundo os dados da Pnad Contínua (em %)
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 352,3 bilhões no período, alta de 6,4% ante igual período do ano passado.
A mediana das estimativas do mercado, segundo o Projeções Broadcast, indicavam recuo da taxa de desemprego a 5,7% no trimestre móvel encerrado em julho, ante 5,8% no trimestre móvel encerrado em junho. As projeções variavam de 5,6% a 6%.
Desalento
O Brasil registrou 2,696 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em julho. O resultado significa 332 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em abril, um recuo de 11,0%. Em um ano, 475 mil pessoas deixaram a situação de desalento, baixa de 15,0%.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade — e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
Emprego com carteira no setor privado
O trimestre encerrado em julho mostrou uma abertura de 261 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em abril. Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, 1,337 milhão de vagas foram criadas no setor privado.
O total de pessoas com carteira assinada no setor privado foi de 39,113 milhões de trabalhadores no trimestre até julho, enquanto os sem carteira assinada somaram 13,47 milhões de pessoas, 72 mil a mais do que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até julho de 2024, foram criadas 187 mil vagas sem carteira no setor privado.
O trabalho por conta própria ganhou a adesão de 492 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,938 milhões de trabalhadores. O resultado representa 1,043 milhão de pessoas a mais trabalhando nesta condição na comparação com o mesmo período do ano anterior.
O número de empregadores diminuiu em 50 mil em um trimestre, para 4,151 milhões de pessoas. Em relação a julho de 2024, o total de empregadores encolheu em 0,6%, número que representa um recuo de 23 mil empregadores.
O País teve uma queda de 56 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,645 milhões de pessoas. O resultado representa queda de 130 mil trabalhadores ante o mesmo trimestre do ano anterior.
O setor público teve 422 mil pessoas a mais no trimestre terminado em julho ante o trimestre encerrado em abril, para um total de 12,884 milhões de ocupados. Na comparação com o trimestre até julho de 2024, foram abertas 434 mil vagas.
Fonte: Estadão