CONTEC e FENABAN debatem sobre Segurança Pública

CONTEC e FENABAN debatem sobre Segurança Pública

Na manhã desta quarta-feira (14/06), a mesa de negociação da CONTEC voltou a se reunir, por videoconferência, com a mesa da FENABAN, para debater sobre segurança para estabelecimentos financeiros, de que trata a cláusula 88 da Convenção Coletiva de Trabalho vigente.

O presidente da CONTEC, Dr. Lourenço Ferreira do Prado, cumprimentou a mesa da FENABAN, coordenada pelo Dr. Adauto e todos os dirigentes sindicais participantes da reunião e ressaltou a importância de debate da pauta. Registrou ainda que está participando do 111ª Conferência da Organização Internacional do Trabalho, em Genebra, Suíça, onde estão discutindo: a) Comissão que está tratando da proteção dos trabalhadores, com direito a desconexão, para quem está laborando em home office; b) Comissão de Transição Justa, que envolve uma economia com menor índice de carbono (economia verde); e, c) Comissão que trata de aprendizagem. Destacou a importância do trabalho desenvolvido pela Comissão de aplicação de normas.

Por sua vez, o negociador da FENABAN, Dr. Adauto Duarte, cumprimentou o Dr. Lourenço e a todos os participantes da reunião, enfatizando a importância de participação na 111ª Conferência da OIT, que propicia a verificação das tendências dos ambientes de trabalho, cujas mudanças vêm sendo expressivas. Adentrando ao tema da pauta, o Dr. Adauto registra que essa mesa superou 30 anos de existência, destacando que devemos agradecer aos esforços desenvolvidos pelos que trabalharam pela sua criação e permanência, com um resultado a ser comemorado, visto que os assaltos aos bancos (agências e postos de atendimento), durante o horário de funcionamento, restaram reduzidos em 93%. Informou que em 2013, quando ocorreu o ápice, aconteceram 450 assaltos, enquanto em 2014, houve 3.584 assaltos em ATNs. Em 2022, ficou em 188 assaltos a ATNs e 39 assaltos às agências e postos de atendimentos.

Este ano, o total foi de 5 assaltos consumados, num total de 28 mil agências e postos de atendimento, em que trabalham 450 mil bancários.

Acrescenta que, por outro lado, uma única rede de cooperativas de crédito, com 2 mil agências e 30 mil empregados, sofreu 5 assaltos.

Registra que, com exceção dos assassinatos, que caíram, os demais crimes cresceram, embora tenham sido reduzidos no setor bancário, graças à vigilância permanente dos bancos e uso de tecnologia, especialmente as câmeras de seguranças, bem como os alarmes.

Acrescenta ainda que em 2025 deve entrar em vigor a moeda digital (real digital), quando a movimentação de dinheiro físico será substancialmente reduzida e, por conseguinte, os assaltos. Em contrapartida, os roubos cibernéticos continuam crescendo, atingindo hoje bilhões de reais. Informou que, na campanha do ano passado, ocorreu o primeiro furto digital em agência bancária, quando a pessoa entrou na agência para pedir para o gerente transferir o pix, o que tem permitido o impedimento do procedimento, bem como a prisão dos bandidos.

Explicou que as empresas de segurança sofrem assaltos de armas e coletes. Alerta para a necessidade de ficarmos atentos para tendências na área de segurança. Alega que, na sua visão, há que se retirar as armas e portas de seguranças dos estabelecimentos bancários. Os representantes da CONTEC alertaram para os riscos enfrentados por colegas que trabalham em estabelecimentos bancários sem proteção de portas de segurança, bem como alertaram para a falta de parâmetros para comparação das estatísticas apresentadas. Destacou-se sobre a necessidade de atentarmos para manutenção de todas as medidas e comportamentos de segurança necessários, bem como relatos de ocorrências que precisam ser evitadas e, especialmente sobre a obrigação de utilização das tecnologias mais avançadas para a proteção da vida e do patrimônio da sociedade brasileira.

O presidente Lourenço lembrou que o objetivo da reunião é tratar da criação de Grupo de Trabalho Bipartite para estudos técnicos e busca de alternativas de soluções, propondo seja fixado o número de participantes de cada lado, bem como estabelecer um calendário de reuniões.

O Dr. Adauto reafirmou que temos que manter o GT de segurança, para análise e avaliação de propostas de segurança. Referiu-se ao modelo de loja para destacar que não podemos nos descuidar de proteger a atividade econômica bancária.

O presidente propôs realizar reuniões com as federações na próxima semana, para definir os nomes a serem indicados para composição do GT Bipartide de Segurança.

Os dois coordenadores agradeceram a participação de todos, ficando de agendarem nova reunião para aprofundamento das questões debatidas.

Fonte: Contec

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