Consórcio liderado por chineses vence disputa para raspadinha da Caixa

Consórcio liderado por chineses vence disputa para raspadinha da Caixa

O consórcio formado pela chinesa Genlot Game Technology e a BZP (Beinjing Zhongcai Printing), joint-venture entre China Welfare Lottery, France Des Jeux e Berjaya, venceu a licitação da Caixa Econômica Federal para a retomada da raspadinha, como é conhecida a Lotex.

O resultado, publicado nesta semana no Diário Oficial da União, encerra um litígio judicial promovido por um dos concorrentes, que levantou suspeitas de irregularidades no processo.

Com a ação, que tramitou em segredo de Justiça, houve um atraso e, agora, a loteria será lançada no próximo trimestre. A previsão inicial de arrecadação varia entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões, mas, segundo executivos envolvidos, o potencial é muito maior.

A Lotex segue as regras de uma portaria do Ministério da Fazenda, editada no fim do ano passado, que delegou à Caixa, em caráter transitório, o direito de exploração da Lotex nos mesmos moldes da Loteria Federal.

Parte da arrecadação é destinada para o custeio da seguridade social, da segurança pública, o incentivo ao esporte e à cultura.

A estimativa é de que cerca de 65% da arrecadação seja destinada a prêmios. A aposta mínima deve ser de R$ 2,50.

A Lotex tinha sido incluída no governo Jair Bolsonaro na lista de privatizações, mas o presidente Lula decidiu mantê-la sob gestão pública.

Processo

A ação contra Caixa foi movida pelo segundo colocado na concorrência, que foi à Justiça afirmando ter havido irregularidades no processo.

Na petição, a empresa levantou a suspeita de que a Caixa já teria escolhido o consórcio Genlot em maio, em meio ao processo, e que o termo de concorrência previa descontos na arrecadação do custo de operação do banco, algo que, na prática, desvirtuaria as regras da portaria da Fazenda.

A Justiça deu ganho de causa à Caixa e, ao mesmo tempo, o caso foi parar no TCU (Tribunal de Contas da União), que não viu irregularidades.

Contudo, esse período de discussão gerou um atraso de quase três meses no processo.

A viagem que tinha sido programada pelos executivos da Caixa para a China em maio teve de ser adiada.

Fonte: Folha de S. Paulo

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