Congresso x Trabalhadores, por Ricardo Mezavila

Período recente da nossa história, quando acompanhamos o Congresso atuar contra os interesses direto do país e indiretamente da população, vimos a Presidenta Dilma Rousseff ser injustamente retirada do governo.
Deputados e senadores, com apoio da casa da justiça, órgão máximo do poder judiciário e guardião da Constituição Federal, uniram-se “com supremo, com tudo”, e pavimentaram a estrada para que o fascismo avançasse.
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O atual Congresso, emporcalhado pela onda fascista, volta a conspirar contra os interesses nacionais, só que dessa vez diretamente contra os interesses da população. O objetivo imediato não é de oposição à soberania, mas o enfraquecimento de um gigante organicamente alimentado pelas massas.
A diferença entre os períodos é que agora, apesar da maioria das figurinhas repetidas, o Supremo está cumprindo com suas funções constitucionais e não quer ser ingrediente na panela do diabo.
Mesmo considerando o absurdo óbvio, Lula acertou em recorrer ao Supremo contra a derrubada do IOF – Imposto sobre Operações Financeiras, para equilibrar as contas públicas e buscar a meta fiscal deste ano
O Congresso e a mídia de oposição tentam aterrorizar a população com o aumento, mas escondem que o IOF incidirá sobre compras internacionais com cartões de crédito e débito, cartões pré-pagos internacionais, cheques de viagem e remessas para o exterior, ou seja, sem prejuízo aos trabalhadores.
Faltam quinze meses para as eleições, a extrema direita congressista vê seu mito de barro morrendo ‘literalmente’ – como disse seu filho 02- em praça pública, e o rodeiam como abutres para conseguir parte de seu espólio eleitoral.
Ao presidente da Câmara de Deputados #HugoNemSeImporta, resta refletir se vale a pena liderar essa jornada inconstitucional e se tornar vilão. Ao que parece, sim.
Que pressão foi essa que transformou um domingo de acordos e confraternização, em uma terça-feira de traição e descumprimento desses acordos?
Quando Hugo Motta vai retornar o telefonema do Ministro Fernando Haddad? O silêncio é a confissão que precede a derrota. Agora é a vez do Povo!
As falas, além de provocativas, foram amplamente rebatidas por especialistas e dados oficiais, que desmentem o discurso de Roscoe. Em um ano marcado pela retomada do emprego formal no Brasil, levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que 98,87% das vagas criadas em 2024 foram preenchidas por pessoas cadastradas no Cadastro Único (CadÚnico), o banco de dados de beneficiários de programas sociais.
“O Caged mostra, na prática, que as pessoas do Bolsa Família e do Cadastro Único querem trabalhar, estão empregadas, mas buscam empregos decentes”, afirmou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. “Peço que observem essa realidade para evitar qualquer forma de preconceito contra os mais pobres”, acrescentou.
Os números reforçam o papel dos beneficiários de programas sociais na economia formal. Do total de 1,69 milhão de empregos gerados em 2024, 1,27 milhão (75,5%) foram ocupados por beneficiários do Bolsa Família, enquanto outros 395 mil (23,4%) foram preenchidos por cadastrados que, embora inscritos no CadÚnico, não recebem o benefício. Em 2025, essa tendência se mantém: até abril, 75% das vagas foram ocupadas por pessoas de baixa renda beneficiadas por programas sociais.
A fala de Roscoe foi rapidamente associada ao discurso elitista de Nikolas Ferreira, de quem o empresário é aliado estratégico. Os dois frequentemente aparecem juntos em vídeos nas redes sociais, onde compartilham críticas a políticas sociais e discursos contra trabalhadores organizados.
Nas redes, o presidente da Fiemg foi duramente criticado. Internautas apontaram o preconceito contra os mais pobres e a desconexão de Roscoe com a realidade do país.
por Ricardo Mezavila
Fonte: GGN