Comando Nacional apresenta propostas para gestão ética de tecnologias que monitoram o bancário

O Comando Nacional das Bancárias e dos Bancários se reuniu, segunda-feira (1), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para a negociação “Gestão ética da tecnologia na relação de trabalho”.
O encontro foi solicitado pelo movimento sindical para discutir os riscos do uso abusivo de tecnologias como ferramentas de controle, por parte das empresas sobre os funcionários, de forma a violar o direito à privacidade e ao bem-estar dos trabalhadores.
Os representantes do movimento sindical apresentaram propostas sobre o tema, com as seguintes linhas gerais, que poderão fundamentar cláusulas futuras, na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria:
1. Que a aplicação de todas as novas ferramentas utilizadas nas relações de trabalho, seja monitoramento, avaliação ou treinamento, por exemplo, se atenha, exclusivamente, às questões relacionadas ao trabalho;
2. A garantia de que todas as ferramentas tecnológicas, novas ou as que já estão implementadas, sejam negociadas com o movimento sindical, para garantir a transparência de utilização das mesmas;
3. Garantia de intervenção humana e qualificada em todos os processos decisões relacionadas ao uso das tecnologias, para que nenhum trabalhador seja punido ou avaliado de forma automatizada; e
4. Gestão humana na utilização de novas tecnologias de monitoramento e avaliação no teletrabalho, garantindo ao funcionário o direito de questionar o resultado de seus feedbacks (avaliações).
Para os dirigentes sindicais, é impossível concordar com a invasão de privacidade e intromissão dentro do domicílio ou local do home office, além do trabalho e sua jornada.
O tipo de vigilância deve ser transparente ao trabalhador e ao movimento sindical. Todo bancário deve ter direito à defesa.
Uma nova reunião será realizada, ainda sem data prevista, para que as negociações sobre o tema prossigam.
Fonte: Movimento Sindical





