Choradeira da Fenaban em mesa de negociação

Choradeira da Fenaban em mesa de negociação

Os bancos começaram cedo a velha choradeira, alegando que com a concorrência no setor ante o avanço das fintechs e bancos virtuais, há dificuldades em atender às reivindicações da categoria. Mas os resultados do sistema financeiro nacional mostram que esta desculpa não cola.

Eles alegam dificuldades para conceder aumento real e melhorar a PLR, mas pagam ao alto escalão de executivos cerca de R$ 9 milhões. A categoria quer a devida valorização por seu trabalho, afinal são os bancários e bancárias que garantem os ganhos extraordinários do setor financeiro.

Com um lucro de R$108 bilhões somente dos bancos que participaram desta mesa de negociação, a Fenaban usou como justificativa para não atender a nossa pauta de reivindicações, a concorrência com fintechs e bancos virtuais. Mas todos nós sabemos que o argumento da Fenaban não tem fundamento, pois só com as tarifas cobradas dos clientes, os ganhos do setor ultrapassam a folha de pagamento.

Lucros recordes

Nenhum outro setor da economia tem acumulado tanta lucratividade nos últimos 20 ou 30 anos.

Os bancos lucraram em 2023 R$ 145 bilhões.

No primeiro semestre de 2024, somente Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander faturaram R$ 53,9 bilhões.

Demissões continuam


Apesar dos lucros, os cinco maiores bancos fecharam em pouco mais de três anos, até o ano passado, pelo menos 2.500 agências físicas e em 2024 o processo de extinção das unidades continua acelerado, com muitas demissões. Até abril deste ano, em 12 meses, foram cortados 4.171 postos de trabalho.

Fonte: Movimento Sindical

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