Campanha Salarial dos Bancários: A decisão final cabe à categoria

Campanha Salarial dos Bancários: A decisão final cabe à categoria

A decisão final cabe a categoria:  Este é um principio básico que a diretoria do Sindicato dos Bancários de Ponte Nova não abre mão!

Quando a diretoria defende esse principio, está  dizendo que a função principal de uma entidade sindical é representar e defender as reinvidicações da categoria a qual representa!

Uma das atribuiçôes do dirigente sindical  é liderar a categoria na busca por melhores  salários e condições de  trabalho. O nome DIRIGENTE já diz tudo: Dirige gente!   A partir desta premissa, é preciso que a empatia seja sempre observada:  Cabe aos dirigentes sindicais  terem  a sensibilidade de compreender a indignação da categoria, quando em uma Campanha Salarial o empregador recusa a atender as suas justas reivindicações feitas por àqueles que, no dia a dia, se esforçam e dão o melhor de si, no desempenho das suas atribuições, mesmo com as dificuldades diárias, como o número cada vez mais reduzido de empregados, as pressões para alcancar metas, que muitas vezes são impossiveis de cumprir, o assedio moral , sexual e o adoecimento.   Cabe aos membros da categoria compreenderem que a força de um  Sindicato em uma mesa de negociação depende do poder de mobilização da categoria nos locais de trabalho, da participação nas assembleias, etc. Um Sindicato não consegue arrancar conquistas significativas do patrão, se não tiver uma categoria extremamente organizada e disposta a lutar JUNTO:

A decisão tomada pelo Comando Nacional – responsável pela negociação, seja na mesa da FENABAN, seja nas mesas do Banco do Brasil e da CEF , de previlegiar a via negocial, em detrimento a mobilização da categoria nos locais de trabalho, foi com certeza uma decisão equivocada. Durante toda a campanha salarial, nenhuma orientação acerca de preparar a categoria para uma possivel greve foi encaminhada aos sindicatos de base!

Outro agravante, na opinião da Diretoria da entidade, foi o Comando não ter se preparado para dar uma resposta imediata e enérgica, quando foram apresentadas propostas de reajuste muito aquém do esperado pela categoria. Um argumento utilizado para aceitação da proposta da FENABAN e agora da CEF e do BB  seria a perda da validade dos instrumentos normativos em 1º de setembro. Então por que no inicio da Campanha não se buscou assegurar um Protocolo Prévio garantindo  a data base e a manutenção das cláusulas da CCT até o final de setembro? O negociado não vale mais que o legislado?

As criticas aqui colocadas pela direção do Sindicato visa enriquecer o debate e trazer a luz a necessária discussão sobre a estratégia que o Comando Nacional têm adotado desde 2018, quando alterou a validade da CCT e ACT’s para dois anos. O tempo mostrou que a estratégia não funciona. As campanhas salariais da categoria, onde se discute as cláusulas de natureza salarial e as de natureza social são realizadas sempre em ano de eleições legislativas, o que não ajuda. Assim como não ajuda para mobilizar a categoria. Não seria mais viavel, assegurar a validade de dois anos para as cláusulas sociais e anuais para  as clausulas de natureza salarial? 

O Diretoria  faz esse resgate para a que a categoria compreenda que a entidade irá encaminhar o que a categoria decidir! No dia 05 de setembro de 2024, os bancarios dos bancos privados, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal aprovaram, sob protesto, a proposta apresentada pela FENABAN.  A aprovação, sob protesto, deixou claro que a proposta da FENABAN ficou muito aquém das reivindicações da categoria bancária, porém, o fim da vigência da CCT da FENABAN  foi determinante para a categoria ceder e aceitar a proposta. Isso precisa parar! Não é possivel  permitir que a FENABAN continue  enrolando a negociação e apresente uma proposta insuficiente às vesperas do vencimento da Convenção Coletiva de Trabalho. 

No que se refere à Campanha dos funcionários do Banco do Brasil, na base do Sindicato dos Bancários de Ponte Nova foi REJEITADA a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho Específico.  O Comando Nacional informou  às entidades sindicais que  a maioria das bases sindicais aprovou a proposta do Banco do Brasil e portanto, o Acordo Coletivo de Trabalho do Banco do Brasil será assinado!

Aqui cabe duas observações: A discussão acerca da aceitação ou não da proposta do Banco do Brasil foi bastante prejudicada em razão da clausula sobre estabilidade no emprego ter sido inserida pelo Comando Nacional que negocia com o BB,  sem prévia discussão com os funcionários do BB. Criou-se uma grande confusão e o Comando  decidiu então por orientar as entidades que a referida cláusula devia ser votada em separado.  Um outro problema foi a demora por parte da mesa de negociação em liberar a proposta de redação da ACT para apreciação das entidades sindicais e suas bases. A insatisfação do funcionalismo do BB acabou pressionando o Banco do Brasil que acabou cedendo e aceitando rever algumas cláusulas que acabaram não sendo divulgadas pelo Comando em tempo hábil  para apreciação da categoria.

Sobre a Campanha dos empregados da CEF, a maioria esmagadora das assembleias rejeitou a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho, o que forçou a Caixa retomar as negociações e assegurar a manutenção do Acordo vigente até 21/09/2024. A diretoria do Sindicato disponibilizou no seu site, considerações feitas pela sua assessoria jurídica acerca da proposta da CEF. www.bancariospnr.org.br. A diretoria do Sindicato estará convocando nova assembleia dos empregados da CEF após as negociações com a direção da empresa.

O que acontece agora?  Nesta terça-feira, o Comando Nacional e a Comissão de empresa assinam a Convenção Coletiva de Trabalho   e o Acordo Coletivo de Trabalho, com a Fenaban e com a direção do Banco do Brasil, respectivamente.

A diretoria encaminhou à CONTEC a procuração autorizando a assinar a Convenção com a FENABAN, conforme autorizado na assembleia realizada no dia 05 de setembro de 2024, bem como uma solicitação formal para que antes da assinatura da CCT da FENABAN que seja encaminhada ao Sindicato a redação final.

No caso do Banco do Brasil, o Sindicato não irá encaminhar procuração para assinatura até que seja autorizado pelos bancários da base do Sindicato. Nova assembleia dos funcionários do Banco do Brasil será convocada para amanhã dia 12, conforme edital publicado no site, a ser realizada na sede do Sindicato, para que a categoria delibere se irá aprovar a proposta do BB, ou se irá optar por decretar greve por tempo indeterminado.  Importante ressaltar o que está em discussão são as cláusulas específicas do BB, visto que no que se refere ao reajuste salarial, já foi aprovada a proposta apresentada pela FENABAN.

A diretoria ressalta que, mesmo sendo um sindicato de pequeno porte, sem assento nas mesas de negociação, não se furtará de defender de forma incisiva, a vontade dos bancários e bancárias da sua base.

“Um mais um é sempre mais que dois”

A PARTICIPAÇÃO E MOBILIZAÇÃO DE TODOS  JUNTOS COM O SINDICATO É FUNDAMENTAL !

Fonte: SBPNR

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