Caixa precisa manter princípios do plano de saúde
O Saúde Caixa, criado com base nos princípios da solidariedade, pacto intergeracional e do mutualismo, não pode ser transformado em um plano de mercado – mantido com a cobrança individual e por faixa etária.
Na reunião do Grupo de Trabalho do Saúde Caixa, realizada na sexta-feira (21/07), os representantes dos empregados reivindicaram a retirada do teto de 6,5%, que limita o custeio do banco com benefícios de saúde do quadro de trabalho e torna a assistência médica financeiramente inviável para os trabalhadores. Com a limitação, atualmente, a estatal arca com 57% dos custos.
A projeção atuarial do banco prevê um déficit de R$ 355 milhões, o que deve gerar alta nas mensalidades dos titulares, passando para 6,46% em 2024 e 7,25% em 2025. Já para os dependentes será de 0,74% e 0,83%, respectivamente, caso a restrição seja mantida. Em 2021, quando a Caixa arcou com os 70%, o cenário era diferente, não houve déficit no plano.
Os trabalhadores também reforçaram que o fechamento da assistência para novas adesões e a política de redução de pessoal instalada entre 2016 e 2022 são responsáveis pelo aumento da idade média dos beneficiários, que saltou de 24 anos em 2004 para 42 anos no ano passado. Ainda cobraram os dados primário do plano.
O acesso aos serviços de saúde precisa ser garantido a todos os trabalhadores. A próxima reunião do GT Saúde Caixa está marcada para o dia 3 de agosto, para tratar do custeio e outros aspectos do plano.
Fonte: Movimento Sindical