Brasil: taxas dos juros têm de baixar
É incompatível combinar a retomada do desenvolvimento sustentável, a geração de emprego, a elevação do nível da renda, a superação da fome e redução das desigualdades com juros tão altos como os praticados hoje no Brasil. As taxas no país estão entre as mais elevadas do mundo, inexplicavelmente.
O governo Lula foi eleito com a bandeira da democracia social, que se traduz em compromisso com a reindustrialização, com a economia movida pela produção, portanto a política de juros altíssimos do Banco Central vai na contramão do projeto vencedor nas urnas. Selic em 13,75% ao ano é inadmissível, uma violação à vontade popular.
O presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), conhecido serviçal do sistema financeiro, já se arvorou em afirmar à mídia que não passa na casa nenhuma proposta para anulação da autonomia do BC.
Meia verdade, até porque começa a ganhar corpo em influentes setores da sociedadea concepção de que a saída da grave crise econômica que o Brasil amarga há anos exige a redução substancial dos juros, seja anulando a autonomia do Banco Central ou com fortes pressões sobre o banco.
Fonte: Movi9mento Sindical