Bancos demitem para elevar lucratividade
Pelo décimo segundo mês consecutivo, os bancos em atividade no país que, juntos acumularam mais de R$ 70,9 bilhões entre janeiro e setembro, demitem bancários e reduzem o quadro de pessoal. Em nove meses de 2023 foram fechados 5.602 postos de trabalho.
Se analisado o período de 12 meses encerrados em setembro, o número de demissão é ainda maior, 6.163 no país. Levantamento divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) revela que somente em setembro foram encerradas 196 vagas.
Além de demitir, os bancos também reduzem os salários. O rendimento mensal médio do trabalhador admitido foi de R 5.701,19, enquanto o do desligado, de R$ 7.507,78. O salário médio do contratado corresponde a 72,94% do demitido.
Sem falar que continuam fechando agências em todo o território nacional. Em 12 meses encerrados no primeiro trimestre deste ano, 300 unidades tracionais tiveram as atividades encerradas. Na prática, precariza o atendimento ao cliente e sobrecarrega os funcionários.
Não é à toa o nível de adoecimento entre a categoria cresce a cada ano. De 2012 a 2021, mais de 40 mil bancários tiveram benefício acidentário reconhecido pelo INSS por conta de doença e acidentes referentes ao trabalho.
Fonte: Movimento Sindical