Bancários têm um ano marcado por muita luta

Bancários têm um ano marcado por muita luta

O ano de 2022, sem dúvidas, foi um dos mais difíceis da última década para os bancários. Além de uma campanha salarial dura, com muitas discussões com os bancos, o setor mais lucrativo e poderoso da economia, a categoria enfrentou diversas batalhas no campo político.

O Congresso Nacional extremamente conservador, sustentado pelo sistema financeiro, e o governo Bolsonaro ameaçaram conquistas dos trabalhadores em diversos momentos. Mas, graças ao poder de mobilização da categoria e do movimento sindical, nenhuma ameaça foi para frente e os bancários iniciam 2023 com outra expectativa, sobretudo por conta da mudança de governo. 


Confira abaixo as principais lutas de 2022

Descanso garantido

Em mais um ataque à jornada de trabalho dos bancários, a Câmara dos Deputados tentou votar o PL 1.043/19, que permite abertura das agências aos sábados e domingos. Graças à pressão da categoria e de parlamentares a matéria saiu da pauta da CDC (Comissão de Defesa do Consumidor) em 2022. 

Mantido o direito à greve

O governo Bolsonaro tentou até o último minuto impor perdas aos trabalhadores. Mas, novamente, perdeu e os sindicatos conseguiram impedir que a CTASP (Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público), da Câmara dos Deputados, votasse o projeto de Lei 817/2022, que coloca a atividade bancária como essencial, impedindo, portanto, o direito de greve. 


Vitória na campanha salarial

Depois de dois meses e meio de negociações, a campanha salarial terminou com a manutenção de todos os direitos da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho). Sem dúvidas, uma vitória diante do atual cenário adverso aos trabalhadores. Como vem acontecendo nos últimos anos, o acordo tem validade de dois anos e para o ano que se inicia o aumento real está garantido. Em setembro, a categoria terá reajuste equivalente ao INPC + 0,5% de aumento real para salários, PLR, vales alimentação e refeição.

Bancos aumentam a terceirização

Terceirizar tem sido o mecanismo adotado por diversas empresas para reduzir despesas com a retirada de direitos e o achatamento dos salários. Com os bancos não é diferente. O Santander está entre os que mais usam a prática para cortar direitos. Em 2022, a organização financeira terceirizou quase 10 mil funcionários. O banco criou outros CNPJs e os empregados foram realocados para a Santander Corretora, SXNegócios, First, Prospera. Com a mudança, deixam de integrar a categoria e não contam mais com a atuação dos sindicatos. Essa é uma luta que será intensificada em 2023.

Fonte: Movimento Sindical

Compartilhe: