Assédio provoca adoecimento

Assédio provoca adoecimento

O assédio moral continua sendo uma das práticas mais perversas dentro das instituições financeiras. Embora costume partir de gestores e superiores hierárquicos com gritos, humilhações públicas, metas abusivas ou falas depreciativas, também se manifesta entre colegas de mesma função, configurando o chamado assédio moral horizontal. O ambiente de competição excessiva e pressão por resultados, estimulado pelos bancos, alimenta este tipo de conduta.

Longe de ser um comportamento isolado, o assédio moral está inserido na lógica perversa do sistema financeiro, que transforma o local de trabalho em espaço de adoecimento. Muitas vezes disfarçado de “pressão por performance”, o assédio é naturalizado e ignorado, até que suas consequências explodam em forma de doenças físicas e psicológicas.

Adoecimento mental já é a principal causa de afastamento entre bancários. Desde 2013, transtornos como depressão, estresse crônico e síndrome de burnout superaram as lesões por esforço repetitivo. A violência cotidiana, imposta pelas metas abusivas e pelo medo constante de represálias, cobra seu preço com uma categoria cada vez mais exausta e vulnerável.

O assédio acontece tanto no trabalho presencial quanto no remoto. E, quando silenciado, aprofunda ainda mais as marcas deixadas pela exploração e pelo descaso. Tratar esta violência como algo “normal do ambiente bancário” é ser cúmplice de uma estrutura que adoece e mata, lentamente.

Assédio moral é crime e precisa ser combatido com seriedade. Toda denúncia deve ser apurada. Os sindicatos seguem atuando com firmeza para garantir que nenhum bancário sofra calado diante das injustiças do ambiente de trabalho.

Fonte: Movimento Sindical

Compartilhe: